O livro “O Caminho Novo: povoadores do Bananal”, de Píndaro de Carvalho Rodrigues, é um livro histórico-genealógico que apresenta a descendência do casal português, Sebastião José Rodrigues e Inácia Maria de São José. Casados em 1799 na ilha do Faial, ele nascido em Agadão, no continente, e ela na ilha do Faial, no arquipélago dos Açores. Segundo o autor, o casal embarcou para o Brasil no final de 1808, quando o governo imperial promoveu a vinda de casais açorianos e de outras nacionalidades. Esse movimento ocorreu meses depois da viagem (ou fuga?) da família imperial portuguesa e transferência da Corte para o Brasil em ocasião da pressão militar imposta por Napoleão Bonaparte. Instalaram-se em Bananal, cidade paulista localizada no Vale do Paraíba que faz divisa com a cidade de Resende, já no estado do Rio de Janeiro, e onde se consolidava o cultivo do café. O livro divide-se em duas partes: a primeira contextualizando Bananal no período da chegada do casal, além de contar a história de sua fundação; já a segunda, apresenta a genealogia dos descendentes do casal. O autor chega a mencionar uma terceira parte que apresentaria uma “pequena contribuição” de documentos, que não consta na edição. Segundo o editor, apesar de “desnecessária”, esta documentação “não se achava incluída nos originais fornecidos ao revisor”.

Capa do livro O Caminho Novo e seu autor
Capa do livro 'O Caminho Novo: Povoadores do Bananal' de Píndaro de Carvalho Rodrigues, publicado em janeiro de 1981.

O autor, Píndaro de Carvalho Rodrigues, bisneto de Sebastião e Inácia, por si só, já tem uma história bastante interessante. Além de médico sanitarista, foi jogador de futebol atuando nos primeiros anos de vida de tradicionais clubes cariocas, como o Fluminense e Flamengo, sagrando-se campeão em diversas ocasiões. Foi também técnico e médico da seleção brasileira de futebol na primeira Copa do Mundo organizada pela Fifa, que aconteceu no Uruguai em 1930.

A publicação do livro é de janeiro de 1981, sendo o 18o volume da Coleção Paulística, organizada pelo Governo do Estado de São Paulo. Foi uma publicação póstuma, já que Píndaro faleceu no ano de 1965 no Rio de Janeiro. Os dados apresentados no livro corroboram com essas informações, demonstram que não houve qualquer tipo de alteração ou adição do revisor ou editor no material original do autor. Pelo prefácio do autor e apresentação de Luiz de Almeida Nogueira Porto é possível compreender que Píndaro fez um trabalho de pesquisa em documentos do Arquivo Nacional, diretamente nos inventários e livros da igreja da região, como também enviando cartas à parentes solicitando informações. Acredito que por essa razão, as informações dos descendentes mais antigos sejam mais fidedignas, por terem sido coletadas diretamente das pesquisas nos livros, do que as dos mais próximos do fim da vida do autor, em especial as informações dos descendentes que saíram de Bananal. Na medida do possível, busquei confirmar as informações com os recursos atuais, seja pelos registros digitalizados disponíveis no FamilySearch, em outros livros, como o do Marcelo Barbio Rosa, por jornais de época através da Hemeroteca da Biblioteca Nacional, fontes em registros de árvores genealógicas ou pesquisas simples no Google. O grande problema encontrado é acessar as informações eclesiásticas de Bananal por conta da dificuldade de acesso do público geral imposta pela Curia de Lorena que parece querer monetizar essas informações, não permitindo o acesso do público e nem a digitalização do FamilySearch ou do RecordsPreservation; esse último, uma organização sem fins lucrativos e sem ligação com qualquer religião. Com os recursos de pesquisa disponíveis e o tempo que eu dispunha para essa tarefa, na medida em que fui encontrando informações conflitantes, passei a anotar essas incongruências e informando quais seriam as informações corretas baseadas na documentação encontrada.

Nessa postagem seguem as minhas anotações e outras informações do livro que podem ser úteis para o entendimento da obra do Píndaro. Acredito que a genealogia não é feita só de dados, mas sim de informações afim de construir uma história da família que seja contextualizada no seu espaço e tempo. Essas informações enriquecem a história geral e iluminam a história familiar.

Tomei conhecimento desse livro com a indicação de um primo e amigo, Reinaldo Dutra, que eu havia descoberto e entrado em contato a pouco tempo por conta das pesquisas da história da família. No livro, a última pessoa mencionada na genealogia apresentada pelo autor é um dos meus bisavôs paternos, Octávio Raymundo Dutra, filho do segundo casamento de Manoel Raymundo Dutra com Alda Maria da Conceição, e irmão de Manoel Raymundo Dutra, este, avô do meu primo Reinaldo.

Sumário do livro

O livro organiza-se em duas partes e uma documentação complementar.

  • Prefácio do Autor, 7
  • Apresentação de Luiz de Almeida Nogueira Porto, 11
  • Parte I
    • Primeiros caminhos e povoações do Vale do Paraíba, 17
    • Capítulo 1 - Abertura do “Caminho Novo”, 23
    • Capítulo 2 - As sesmarias do Bananal, 29
    • Capítulo 3 - Novas povoações do “Caminho Novo”, 51
    • Capítulo 4 - Bananal: origens e fundação, 53
    • Capítulo 5 - Principais edificações de Bananal, 57
    • Capítulo 6 - Procedência das famílias pioneiras e primeiras autoridades, 63
  • Parte II
    • Título Rodrigues
    • Capítulo 1 - Maria Josefa da Conceição, 73
    • Capítulo 2 - José Rodrigues da Rosa, 79
    • Capítulo 3 - Joaquim José Rodrigues, 95
    • Capítulo 4 - Joaquina Maria de Jesus, 135
    • Capítulo 5 - João José Rodrigues, 141
    • Capítulo 6 - Rosa Maria de Jesus, 151
    • Capítulo 7 - Teodora Maria de São José, 152
  • Apêndice
    • Revelações de antigos inventários: Bananal 1822-1882
    • Fazendas do Bananal

Problemas da edição

Onde está a Parte 3?

No prefácio, o autor apresenta o trabalho como sendo dividido em três partes. A primeira, uma contextualização histórica; a segunda, a genealogia de um ramo dos Rodrigues; e uma terceira parte, em que seriam apresentados documentos complementares.

Sobre essa terceira parte, há uma nota de rodapé que diz: “Os documentos para esta Terceira Parte não se achavam junto aos originais deste trabalho”.

Como a publicação do livro aconteceu de forma póstuma, quinze anos após o falecimento de Píndaro, pode-se supor que parte do material perdeu-se ao longo desses anos ou que o trabalho não havia sido concluído.

Sequência de páginas truncada

Durante a leitura e transcrição, causa estranheza a sequência de informações dos descendentes de § 4 — José Rodrigues de Carvalho (p. 115). Analisando uma combinação entre informações dos descendentes e a sequência numérica, consegui identificar a sequência correta de leitura das informações. Abaixo segue um diagrama com a sequência correta das páginas para leitura fluída das informações:

depara
115115
116120
117119
118116
119117
120118
121121

Não tenho a informação de que o livro do Píndaro tenha tido novas tiragens em que, eventualmente, esse problema pudesse ter sido corrigido. Também não posso afirmar que esse seja um problema da edição ou exclusivo do meu examplar.

Checagem dos dados da genealogia apresentada

Na medida em que eu avançava na extração dos dados e no desenho da árvore genealógica do livro, eu procurei confrontar os dados com os recursos e as fontes de dados que temos a disposição na atualidade. Do que foi possível comprovar, fiz anotações mencionando a informação mencionada pelo autor e a informação correta. As fontes encontradas que corrigem alguma informação dada pelo autor, encontra-se descrita na árvore genealógica que eu administro no Geneanet. Fiz anotações também quando identifiquei informações que me causaram estranheza, seja em datas ou na identificação de linha sucessória, e outros casos diversos.

Organizei as anotações na estrutura em que se encontram no livro pelos capítulos da Parte II e trazendo a informação da posição sucessória relacionada ao seu ascendente (filho, neto, bisneto, etc), o nome da pessoa e a página em que se encontra. O nome da pessoa informado na anotação é da pessoa da linha sucessória, mas a anotação pode ser sobre o seu cônjuge. O nome da pessoa também está como foi mencionado pelo autor no livro, mesmo que a anotação seja para corrigi-la.

Capítulo 1 - Maria Josefa da Conceição (p. 73-77)

F. 1 - Teodora Maria de Jesus (p. 73) É mencionado pelo autor que a sogra de Teodora chamava-se Francisca Rodrigues da Silva, no entanto, nos registros de casamentos de Teodora e sua irmã Rosa, ambas casadas com os irmãos Antônio José da Silva e Tomé da Silva, respectivamente, o nome aparece como Francisca Maria da Silva.

Bn. 2 — Luiz da Silva Primo (p. 73) A data de falecimento de Luiz é 02/10/1960 e não 1920 como consta no livro.

Bn. 3 — Oscar Meireles da Silva (p. 73) Quando ele trata dos ascendentes de Rosaura, ele menciona novamente uma parte paterna que deixa de fazer sentido. É possível que seja relacionado na verdade ao lado materno por conta do DOS SANTOS, pois o sobrenome de casada da avó de Rosaura, Elisabeth, é FARIZOTE, e seu marido não apresenta o DOS SANTOS, e sim o FARIZOTE. Ainda sobre a avó francesa, o autor menciona duas cidades diferentes como sendo a de nascimento da avó na França: Bagnes de Bigor (Bagnères-de-Bigorre) e Bayonne. Outra questão que levanta suspeita é a data de nascimento de sua filha, Maria dos Santos, mencionado pelo autor como sendo no ano de 1859. Esse é um ano anterior ao de nascimento provável de sua mãe, calculado a partir das informações da Certidão de Óbito, e ela teria sido mãe de Rosaura aos 46 anos de idade, o que é possível, mas improvável para a época.

Tn. 2 — Edith Silva (p. 74) O autor menciona “neto paterno” seguidamente quando provavelmente quer dizer “neto materno” na segunda vez ao tratar de Vitor Clemente e Luisa Jairo, provavelmente, pais de Antonieta Clemente. Ao invés de Calafate, o correto é Colafati, conforme registros.

Tn. 4 — Rosinha da Silva (p. 74) O autor menciona Inel, quando na verdade é Ynel, de acordo com registros de nascimento e casamento. Os anos de nascimento de Abdegazis (08/04/1853) e Ormesinda (10/03/1857) certamente estão equivocados, se fossem esses mesmos, ambos teriam por volta de 70 anos quando seu filho nasceu. Há contradição no nome do senhor Abdegazis, conforme a assinatura do próprio no registro de nascimento do seu filho Ynel, o seu nome é Abdelaziz. Há divergências também com relação ao nome dos avós paternos e maternos de acordo com o registro de nascimento de Ynel. O avô paterno, Joaquim Vieira de Camargo nascido em Poços de Caldas, é citado no registro como Joaquim Pereira de Camargo e o batismo e nascimento aconteceu em Caldas, MG em março e não em julho como no livro. A avó paterna que aparece no livro apenas como Ana Ribeiro, no registro está como Anna Andrade Ribeiro de Camargo. E a avó materna que aparece como Maria América da Silva, aparece no registro como Maria Amélia da Silva.

Qn. 4 — Inel Alves de Camargo Filho (p. 75) De acordo com o registro de nascimento, o nome correto é Ynel e não Inel, e o dia de nascimento é 18 e não 8 como menciona o livro.

Bn. 7 — Alvaro Meireles da Silva (p. 75) Quando citado o sobrenome Itrieri, o correto é Intrieri.

F. 2 - Rosa Maria de Jesus (p. 76) O autor diz que o seu marido, Tomé José da Silva Sobrinho era neto paterno de João José Inácio, no entanto, o registro de casamento do casal menciona o nome sendo Tomé da Silva e com a filiação de João José Inácio e Francisca Maria da Silva.

Capítulo 2 - José Rodrigues da Rosa (p. 79-80)

Sem anotações.

Capítulo 3 - Joaquim José Rodrigues (p. 95-134)

F. 4 — Francisco Carvalho dos Santos (p. 96) Não duvido da fertilidade do casal, mas são listados vinte (!!!) filhos para o casal Francisco Carvalho dos Santos e Almeirinda Valente.

Tn. 9 — José Luiz Machado Ramos (p. 98) É mencionado que a esposa de João Cândido é Alice, mas mais adiante, quando o autor trata dos Cândido da Silva, em N.1, ela é aparece como Alicia.

Bn. 9 — Eurídice (p. 99) Eurídice é na verdade Eurides. De acordo com o registro de nascimento, o seu nome completo é Eurides Nogueira da Silva, composição de sobrenome que difere dos demais irmãos mencionados no livro como sendo Cândido da Silva.

N. 9 - Julieta Carvalho dos Santos (p. 101) Domiciana Nogueira é Domiciana Nogueira da Silva, conforme registro de casamento. No mesmo registro, o nome da mãe aparece como Maria da Silva, ao invés de Mariana da Silva. O nome da mãe de José Ramos da Silva, é mencionado no registro de casamento do filho como: Francisca Ramos dos Santos, ao invés de Francisca Xavier dos Santos; pode ser um equívoco do autor ou o Xavier pode ser o sobrenome do pai de Francisca.

Bn. 59 — Eugênio Guilherme Lau (p. 105) A falta de quebra de linha após o nome da pessoa causa certa confusão em uma primeira leitura, mas ele vai listar os filhos do segundo casamento.

N. 22 — Maria de Lourdes Ramos de Carvalho (p. 105) Todos os irmãos são Carvalho dos Santos e, mas a Maria de Lourdes é apresentada com o sobrenome de Ramos de Carvalho. Acredito que o autor tenha se equivocado e errado o sobrenome já que estava tratando dos descendentes de N21, Aquino, que receberam os sobrenomes de Ramos de Carvalho.

N. 24 — Maria Stuart de Carvalho (p. 105) Ao invés de “Carvalho dos Santos” como seus irmãos, ela é apresentada com o nome de “Maria Stuart de Carvalho”. Não imagino da onde possa ter vindo esse Stuart.

Bn. 74 — Peres de Carvalho Ramos (p. 105) O nome descrito é “Peres de Carvalho Ramos”. Peres não parece um primeiro nome. Adicionalmente a pessoa citada anteriormente, sua irmã, chamasse “Maria Peres de Carvalho Ramos”. Pode se tratar da mesma pessoa e ouve duplicação equivocada.

F. 5 — Joaquim Carvalho dos Santos (p. 105) O autor menciona que a esposa é a nona filha do casal 9, mas na verdade é a quinta. Fiquei na dúvida se “Caçula” seria o seu apelido, acredito que sim.

F. 2 — Lázaro Justiniano dos Santos (p. 107) O autor informa que o óbito de Lázaro Justiniano dos Santos foi dia 17, no entanto, em seu registro de óbito é possível constatar que a data correta foi em 7 de julho de 1933.

Bn. 24 — Luiz Alberto/Tn. 17 — Rubens Lázaro Azevedo dos Santos (p. 109) A nomenclatura de posição de Bn. 24 e Tn. 17 parece estar errada analisando o contexto. Suponho que Bn. 24 seja, na verdade, Tn. 24, filho do Bn. 16 (Omar Jofre Azevedo dos Santos) e que o Tn. 17 seja Bn. 17, irmão de Bn. 16.

N. 15 — Maria José dos Santos (p. 110) O autor diz que Guilherme Vitti é nascido em São Paulo em 15 jul 1915, no entanto, a informação apresentada pela Câmara Municipal de Piracicaba, do qual Guilherme foi vereador, é a de que ele nasceu no bairro Santana em Piracicaba na data de 25 jul 1915.

Bn. 42 — João Carlos/Bn. 43 — José Roberto (p. 112) Fica evidente que a nomenclatura de posição de ambos está equivocada, devendo ser mencionados como trinetos ao invés de bisnetos, sendo filhos de Bn. 41 (Djalma Carvalho dos Santos).

Bn. 54 — Isauro Esteves dos Santos (p. 112) O nome está como Isauro, quando na verdade, é Isaura.

Bn. 59 — Ivete Esteves dos Santos/Bn. 60 — Dinorá (p. 113) É possível que a data de nascimento esteja errada. É apresentado que Ivete e Dinorá nasceram no mesmo ano de 1920 e com uma diferença de 2 meses apenas.

Bn. 63 — Moacir Brasil dos Santos (p. 113) É possível que o ano de nascimento esteja errado. O autor costuma colocar os filhos em ordem de nascimento, mesmo quando não informa a data. Além disse, há um irmão nascido também em 1920. Acredito que o ano correto seja 1910.

N. 1 — Guilhermina Carvalho Cobra (p. 115) O texto está truncado quando ele fala dos pais de Pedro Humberto Bruno: “n. em 10-12-1881, e filho de Caetano Bruno, em Rotundi, prov. de Potenza, Itália, e de s/ mulher Laura Polé”. Interpretei que Rotundi seria o local de nascimento associado a data.

Bn. 14 — Ana Eli da Silva Cobra/Bn. 15 — Eliete da Silva Cobra/Bn. 16 — Pedro da Silva Cobra/Bn. 17 — Osvaldo Manoel da Silva Cobra/Bn. 18 — Elisete da Silva Cobra/Bn. 19 — Maria José da Silva Cobra (p. 116) É provavel que o sobrenome dos filhos de Joaquim Silverio (ver item seguinte) seja Carvalho Cobra e não Silva Cobra como o autor menciona. O autor tende a sugerir os sobrenomes dos filhos compondo o ultimo sobrenome da esposa e do marido.

Tn. 24 — Walterly (p. 116) O nome completo de Walterly é Walterly Cobra Gavião, conforme homenagem descrita em ata da Câmara Municipal bananalense de 2016.

N. 3 — Joaquim Silverio Nogueira Cobra (p. 119) Joaquim Silverio Nogueira Cobra e Oscarlina Raimundo da Silva são, provavelmente, Joaquim Silverio de Carvalho Cobra e Oscarlina da Silva Cobra, de acordo com registro de nascimento de sua filha Elisete.

Tn. 3 — Ronaldo Castor de Carvalho Bruno (p. 120) O ano de nascimento do Tn. 3, 1920, certamente está equivocado já que o ano de nascimento do pai (Bn. 2) é 1918. Este último, parece estar de acordo com a informação dos demais irmãos e ordenação.

Tn. 4 — Claudio Roberto/Tn. 5 — Virgínia Lúcia/Tn. 6 — Ricardo César (p. 120) Deveriam estar marcados como Qn. pois são filhos de Tn. 3.

N. 7 — Sebastião Gomes dos Reis (p. 125) Há a expressão “Pais de:” mas não é listado nenhum filho do casal.

Bn. 33 — Terezinha de Carvalho Gomes (p. 127) Texto mal formulado, diz: “Terezinha (…) c/c Eclevodeu Gomes, de Botucatu e Pamela Coraine”. Entendi que o autor acabou por ocultar o nome do pai de Eclevodeu sem intenção.

Art. 8 - Filho 8: Carolina Maria de Jesus (p. 129) Há inconsistência de datas que seria necessário comprovação documental. O autor mencionado que o ano de falecimento, 1881, de Carolina é anterior ao nascimento do último filho, Viriato Raymundo Dutra (cap. 7), nascido em 1890.

F. 13 — Francisca Magnólia de Sousa Carvalho (p. 130) A grafia correta do sobrenome suêco que o autor menciona como Bergstron, é Bergström.

RAMOS DA SILVA (p. 131) Quando mencionado a mãe de José Júlio, o autor menciona Adriana Florinda Nogueira, no entanto, o nome que apareceu em seu registro de casamento com José Ramos da Silva é Adriana da Glória Nogueira.

N. 1 — Zara Carvalho Rodrigues/N. 2 — Zilah Carvalho Rodrigues (p. 134) O autor do livro não menciona data e local do nascimento das próprias filhas.

Capítulo 4 - Joaquina Maria de Jesus (p. 135-140)

F. 1 — Maria Cândida Ribeiro Barbosa (p. 135) O marido, Damião Antonio Ribeiro de Araujo, provavelmente é Rebello e não Ribeiro.

Bn. 4 — Maria Antonieta Nogueira Cobra (p. 136) Analisando os descendentes de Odorico com Maria Antonieta e os da terceira esposa (e irmã de Maria), Araci, nota-se que falta o “Silva”.

Tn. 12 — Maria Cândida Nogueira de Carvalho (p. 136) Acredito que o “de Carvalho” seja na verdade “de Camargo” como seus irmãos.

Tn. 16 — Célia/Tn. 18 — Célia (p. 137) As duas chamam Célia. É possível que a primeira tenha falecida nos primeiros anos ou talvez elas tivessem nomes compostos que o autor desconhecia.

N. 2 — Maria Cândida Ribeiro Barbosa (p. 138) Não fica claro de qual casal a Maria Laura de Almeida é filha. Dá a entender que é filha de Luciano e Maria Ofélia. No entanto, a formatação do texto induz a entender que a Maria Laura (c/c Jeronimo) são os pais das pessoas que se seguem, no entanto, esses não seriam descendentes diretos da Joaquina Maria de Jesus e Cândido Ribeiro Barbosa. Meu entendimento é que houve um erro na composição do texto e os descendentes que seguem são filhos de Maria Cândida e Luciano.

Capítulo 5 - João José Rodrigues (p. 141-149)

N. 2 — Florência Rodrigues de Carvalho (p. 142) As informações do casal, Tereza Maria dos Santos e Manoel Rebelo Rosa (pai), em especial do esposo não fazem muito sentido. Consta que ela nasceu em 1759 e ele em 1796. Era uma diferença de idade de 37 anos. Mantive a informação por ser a única fonte disponível.

Tn. 25 — Osvaldo Barbosa Martins (p. 143) Tn. 25 é o casal Osvaldo Barbosa Martins e Maria Júlia Gonçalves, e o autor sinaliza que na sequencia seguirão os filhos, no entanto a próxima pessoa é o Tn. 26, Geraldo, irmão de Osvaldo, e sua esposa Maria Rita Alvarenga. Eu considerei que foi um erro de grafia do livro, e mantive a sequência conforme apontada, creditando os filhos, Qn. 1 a 5, ao casal Tn. 26.

F. 2 — Sebastião José Rodrigues (p. 145) O sobrenome Viana, na verdade, pode ser com duplo “n” conforme registros de óbito de Francisco Pereira Vianna. É possível que seus descendentes tenham herdado o Viana com apenas um “n”, conforme registro de óbito de Adelaide, filha, e outros registros de óbitos em que aparece o nome de Haroldo, neto, como médico da Santa Casa de Resende que atesta o óbito. No entanto, em outras referências de óbitos aparecem também Vianna com dois “n”. Quando o autor menciona a esposa de Sebastião, Adelaide, ele menciona Viana com um “n” só, pelos registros encontrados, o correto é Vianna com dois “n”. A data de nascimento de Maria Carolina dos Santos é mencionada no livro como ocorrida no ano de 1854, mas no seu registro de óbito de 1924, é mencionado que ela é faleceu com 91 anos, ou seja, nascida por volta do ano de 1833.

Bn. 22 — Arnaldo Rodrigues Duarte (p. 146) O autor apresenta a esposa de Arnaldo com o nome de “Joana Correira”, conforme seu registro de nascimento e casamento, o correto é “Joanna de Oliveira Correia”. Os nomes dos pais de Joanna são apresentados como “Osvaldo de Morais Corrêa” e “Maria de Oliveira”, no entanto, em registro de óbito de Oswaldo, são informados, respectivamente, como “Oswaldo de Moraes Correia” e “Maria Rosa de Oliveira Corrêa”.

Bn. 25 — Oswaldo Rodrigues Duarte (p. 146) O nome da esposa de Oswaldo Rodrigues Duarte é, conforme registro de casamento, Maria Carmen de Moraes Rezende, e não Maria Carmem de Resende, como mencionado pelo autor. Também há equívocos nos nomes dos pais dela. O nome do pai é Mariano Moreira de Rezende e não Mariano Morais Resende. O nome da mãe citado pelo autor pode ser o nome de solteira, Orminda Dutra; no registro, o nome é Orminda de Moraes Rezende. Pela composição de nomes, uma suposição é que o nome de solteira poderia ser Orminda Dutra de Moraes, ou, Orminda de Moraes.

N. 10 — Enoi Viana Rodrigues (p. 146) O nome do marido de Enoe é mencionado pelo autor como Felipe Ferraiolo, quando na sua certidão de óbito aparece como Fillippe Antonio Ferraiolo. O autor também menciona que o casal não teve filhos, mas na mesma certidão é mencionado que Fillipe tem um filho. O nome da mãe do Fillippe também está incompleto, segundo a ficha de ex-prefeito de José Ferraiolo, irmão de Fillipe, no site da Prefeitura de Resende, o nome da mãe deles é Conceição Congeta Di Marco Ferraiolo.

N. 12 — Sebastião José Rodrigues (p. 146) O nome do filho de mesmo primeiro nome de Sebastião José Rodrigues é mencionado pelo como igual ao do pai, no entando, em registro de casamento, é mencionado como Sebastião Rodrigues Filho. O nome da sua esposa é mencionado como Dila Francklin, e no registro de casamento aparece como Dila Fonseca da Silva. Os nomes dos pais de Dila são mencionados com certos equívocos pelo autor, no registro são mencionados como Frederico Franklin da Silva e Cleonice Fonseca Franklin da Silva. Como o registro acessado é proveniente do livro talão do cartório, pode ser que tenham suprimido o Franklin do nome de Dila por falta de espaço no registro, mas que ele seja igual o da mãe.

N. 13 — Adelaide Viana Rodrigues (p. 146) O autor cita o nome próprio do Marquês de Valença como “Estevam”, sendo o correto, “Estevão”. O autor menciona que Estevão recebeu o título em 1840, quando na biografia contida na Galeria dos Brasileiros Ilustres, cita 1848. O local de nascimento mencionado pelo autor, Rio das Mortes, conflita com as informações publicadas pelo Arquivo Nacional e levantadas por Dauro Buzatti, autor de um livro eletrônico sobre o marquês. Essas publicações mencionam como local de nascimento de atual cidade de Prados, em Minas Gerais. A possível confusão do autor se dá, talvez, pelas diversas nomenclaturas que a região teve ao longos anos desde 1700. A região cortada pelo rio das Mortes, recebeu o nome de Comarca de Rio das Mortes em 1714 e abrangia em 1777 as vilas de São João del-Rei e São José del-Rei, entre outras. Prados fazia parte, antigamente, da cidade de Tiradentes, atual nome da vila de São José del-Rei. Segundo Buzatti, ele nasceu na Fazenda da Cachoeira, que pertencia aos seus pais, localizada em Prados.

N. 14 — Iolanda Viana Rodrigues (p. 147) O ano de nascimento de Carlos Germano Gins, marido de Yolanda Vianna Rodrigues, é 1906, conforme registro de casamento, e não 1901, como mencionado pelo autor. O nome dos pais de Carlos foram mencionados como Adolfo Gins e Eugênia Gins; conforme o registro de casamento, os nomes corretos são Adolpho Eduardo Gins e Maria Eulalia Guimarães de Abreu. Eugênia pode ser o nome da esposa de segunda núpcias do Adolpho.

Bn. 38 — Regina Maria da Silveira (p. 147) Provavelmente o sobrenome de Elias Paladino seja, na verdade, Pires de Castro assim como seu irmão. Talvez o Paladino seja um segundo nome ou foi um equívoco do autor.

N. 16 — Maria Antonieta Viana Rodrigues (p. 147) De acordo com o registro de casamento, Maria Antonietta Vianna Rodrigues nasceu em 13 de junho de 1913 e não no mês de abril como menciona o autor. O primeiro nome do marido de Maria Antonietta é Graccho e não Graco, como mencionado pelo autor. O ano de nascimento de Graccho é mencionado pelo autor como ocorrido em 1905, mas na verdade ocorreu em 20 de abril de 1903. No registro de casamento de Graccho, o nome de sua mãe é descrito como Maria Soares de Castro e não Maria Pires de Castro como menciona o autor.

Bn. 39 — Lissa Maria Pires de Castro (p. 147) O primeiro nome da filha de Maria Antonietta e Graccho é Lina Maria e não Lissa Maria, como mencionado pelo autor.

Capítulo 6 - Rosa Maria de Jesus (p. 151)

F. 1 — Pedro Antunes dos Santos (p. 151) O autor não tinha conhecimento das famílias dos capítulos 6, 7 e 8 ou acabou por não ser compilado para a publicação, tanto que o capítulo 8 é citado, porém não existe no livro. Tem muitos filhos diretos do casal do capítulo 7 faltando na lista e o autor menciona somente o mais velho, Manoel Raymundo Dutra. A questão do F1 do capítulo 6 é que, provavelmente, Candida Maria de S. José, seja uma das filhas de Teodora Maria de S. José, que não foi listada no livro. Outro problema são os nomes que diferem de outros registros encontrados em outras fontes, como por exemplo, de registros indexados por Marcelo Barbio Rosa em Antigos Registros de Casamento do Vale Histórico Paulista - Vol. 1.

F. 5 — Antonio José dos Santos (p. 151) Conforme dito anteriormente, fica bem evidente que a obra está incompleta, pois ele cita que Inácia Raymundo Dutra está listada como filha do casal do Cap. 7, no entanto, não há outros filhos listados além do Manoel. Uma pena sem igual.

Capítulo 7 - Teodora Maria de São José (p. 153-154)

Bn. 3 - Agenor Fontão Dutra (p. 153) Quando o autor trata da esposa do Agenor, ele a cita como “Nilda Grau”, na verdade, o sobrenome correto é “Glau”, ou seja, “Nilda Glau”. Outro equívoco, ainda sobre a Nilda, é acerca dos seus pais. O sobrenome correto da mãe de Nilda, Alvina, que o autor cita como sendo “Braz”, é, na verdade, “Barg”, ou seja, “Alvina Barg”. Outra questão é o local de nascimento de Nilda que o autor cita como sendo em Ribeirão Branco. O autor dá a entender que Ribeirão Branco se trata de um município do estado de Santa Catarina, quando na verdade era um bairro, por assim dizer, da antiga Colônia de Blumenau. A cidade de Blumenau nasceu como uma colônia de imigrantes gêrmanicos por volta de 1850, além de abranger um território diferente do que é hoje em dia, ainda expandiu ao longo dos anos até se desmembrar em várias outras cidades, como Indaial, Timbó e outras. Os registros civis de nascimento da colônia, comumente mencionam o local de nascimento como sendo o local de atuação do “inspetor de quarteirão”, que tinha como função, entre outras, a de declarar nascimentos e óbitos do seu respectivo quarteirão. Observando registros civis da colônia, é possível notar que os primeiros nomes eram comumente traduzidos ou aportuguesados das suas versões germânicas, prussianas, polacas, etc. Desse modo, em muitos registros é mencionado Alvina, quando na verdade ela assina Alwine no seu registro de casamento civil. Há vários outros exemplos, como Johann que virou João, Heinrich que se torna Henrique, e por aí vai.

N. 5 — Teófilo Raymundo Dutra (p. 153) Ano de nascimento do Teófilo não faz sentido, se fosse mesmo 1862, ele seria o primeiro filho e não o quinto. Acredito que seja 1872.

N. 9 - Viriato Raymundo Dutra (p. 154) Há inconsistência de datas que seria necessário comprovação documental. O ano de nascimento informado de Viriato é pós o falecimento da mãe, Carolina Maria de Jesus (cap. 3), que foi informado como sendo em 1881.

N. 10 - Otávio Raymundo Dutra (p. 154) A grafia correta do primeiro nome do meu bisavô é Octávio e não Otávio, como mencionado pelo autor.

Bibliografia

Relação de livros e outros textos utilizados para embasamento teórico da Parte I ou mencionados pelo autor ou editor ao longo do desenvolvimento da obra. Segue:

  1. ALMANAK ADMINISTRATIVO, MERCANTIL E INDUSTRIAL DO IMPERIO DO BRAZIL PARA 1885. Rio de Janeiro: Laemmert & C., ano 42, 1885.
  2. BACKHEUSER, Everardo. REVISTA DO CLUB DE ENGENHARIA DO RIO DE JANEIRO. Da trilha ao Trilho. Rio de Janeiro, n. 69, set./out. 1940. p. 102-124.
  3. BASTOS, Benedicto Alipio. Caçapava, apontamentos históricos e genealógicos: subsidios para a história e a genealogia do Vale do Paraíba. Caçapava, 1955.
  4. BOPP, Itamar. REVISTA GENEALÓGICA LATINA. Roque Bicudo Leme — Achegas a genealogia Paulistana de Silva Leme. Ramos paulistas e fluminenses. São Paulo: Instituto Genealógico Brasileiro, n. 8, 1956.
  5. BOPP, Itamar. REVISTA GENEALÓGICA LATINA. Primeiros povoadores de Resende: família Visconde do Salto. São Paulo: Instituto Genealógico Brasileiro, n. 12, 1960. p. 131-134.
  6. BOPP, Itamar. REVISTA GENEALÓGICA LATINA. Primeiros casamentos na matriz de Resende - n.os 01 a 108. São Paulo: Instituto Genealógico Brasileiro, n. 13, 1961. p. 76.
  7. ELLIS Junior, Alfredo. O Bandeirismo Paulista e o Recuo do Meridiano. São Paulo: Typographia Piratininga, 1924.
  8. LANCASTRE, Paulo. Há 251 anos era criada a capitania de São Paulo e Minas do Ouro. Folha de São Paulo, São Paulo, ano 36, n. 11227, 23 nov. 1960. 2.o caderno, p. 5.
  9. LEME, Luiz Gonzaga da Silva. Genealogia paulistana. São Paulo: Suprat & Comp., 1905. v. 1-9.
  10. LEME, Pedro Taques de Almeida Paes. Nobiliarchia paulistana historica e genealogica. São Paulo: Livraria Martins Editora, 1976. t. 1-3.
  11. LIMA Junior, Augusto de. A capitania das Minas Gerais: suas origens e formação. Lisboa: Tipografia Americana. 1940. p. 136.
  12. NOGUEIRA, José Luiz de Almeida. A Academia de São Paulo: tradições e reminiscencias. São Paulo: Typographia Vanorden & Company, 1907-1912. v. 9.
  13. MAIA, João de Azevedo Carneiro. Notícias históricas e estatísticas do município de Resende desde a sua fundação. Rio de Janeiro, 1891.
  14. MARCONDES, Benedito. REVISTA GENEALÓGICA LATINA. Recenseamento de Guaratingueta, em 1783. São Paulo: Instituto Genealógico Brasileiro, n. 13, 1961. p. 200.
  15. MELLO, Geraldo Cardoso de. BIBLIOTECA GENEALÓGICA BRASILEIRA. Os Almeidas e os Nogueiras de Bananal. São Paulo: Instituto Genealógico Brasileiro, 1942. v. 1, p. 107.
  16. MORAES, Alexandre José de Mello. Corographia historica, chronographica, genealogica, nobiliaria e politica do Imperio do Brasil. Rio de Janeiro: Typographia Americana, 1858-1863. v. 5.
  17. PORTO, Luiz de Almeida Nogueira. Revelações de antigos inventários, 1822-1882. O Estado de S.Paulo, São Paulo, ano 4, n. 161, 2 dez. 1979. Suplemento Cultural, p. 13.
  18. PORTO, Luiz de Almeida Nogueira. A obra esquecida de Villaronga. O Estado de S.Paulo, São Paulo, ano 4, n. 161, 2 dez. 1979. Suplemento Cultural, p. 13.
  19. RIBEIRO, José Jacintho. Chronologia Paulista, ou relação historica dos factos mais importantes ocorridos em S. Paulo desde a chegada de Martim Affonso de Souza á S. Vicente até 1898. [São Paulo], 1899. v. 1.
  20. RIBEIRO, José Jacintho. Chronologia Paulista, ou relação historica dos factos mais importantes ocorridos em S. Paulo desde a chegada de Martim Affonso de Souza á S. Vicente até 1898. [São Paulo], 1901. v. 2.
  21. Silveira, Carlos da. BIBLIOTECA GENEALÓGICA BRASILEIRA. Subsídios Genealógicos. São Paulo: Instituto Genealógico Brasileiro, 1942. v. 3, p. 50-51.
  22. TAUNAY, Affonso d’Escragnolle. História do café no Brasil: no Brasil imperial 1822-1872. Rio de Janeiro: Departamento Nacional do Café, 1939. v. 5. p. 335.
  23. ZALUAR, Augusto-Emílio. Peregrinação pela província de S. Paulo 1860-61. São Paulo: Ed. Cultura, 1943, p. 266.

Observações sobre as referências

Pedro Taques (p. 9) É mencionado pelo autor algumas obras genealógicas muito conhecidas no meio. O nome completo do autor é Pedro Taques de Almeida Paes Leme, e o nome da obra é “Nobiliarchia paulistana historica e genealogica”. Uma edição de 1976, contando com os seus três tomos encontra-se disponível na biblioteca digital do SEADE - Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados.

Silva Leme (p. 9, 32) É mencionado pelo autor algumas obras genealógicas muito conhecidas no meio. O nome completo do autor é Luiz Gonzaga da Silva Leme, sua obra “Genealogia paulistana” foi publicada entre os anos de 1903 e 1905 e foram organizadas em 9 volumes. Iniciado em 1999 e empenhados em um trabalho que perdurou por 4 anos, o Projeto Genealogia Paulista, concluiu a transcrição da obra de Silva Leme e ela encontra-se disponível online neste endereço. Na página 32 é mencionado o senhor Thomé Rodrigues Nogueira do Ó dando como referência Vol. VI, pág. 433.

Geraldo Cardoso de Melo (p. 9) É mencionado pelo autor algumas obras genealógicas muito conhecidas no meio. O nome correto do autor é Geraldo Cardoso de Mello. Ele publicou o livro “Os Almeidas e os Nogueiras de Bananal” em 1942, e não 1940, sendo uma publicação do Instituto Genealógico Brasileiro. Uma versão um pouco truncada da obra encontra-se disponível para leitura no Google Livros.

Carlos da Silveira (p. 9, 33) É mencionado e enaltecido pelo autor a grande contribuição de Carlos da Silveira, membro da Instituto Genealógico Brasileiro, “na descoberta de certas origens de famílias e de troncos” bananalenses e da região. A biografia e uma relação dos trabalhos de Carlos da Silveira encontra-se disponível no site do CBG - Colégio Brasileiro de Genealogia. Na página 33 é citado novamente pelo seu trabalho “Subsídios genealógicos” publicado pelo Instituto Genealógico Brasileiro.

Jacintho (p. 10, 21, 45) A nota no rodapé na página 21 não é muito rica em informação. As referências em questão são dos Volumes 1 e 2 da “Chronologia Paulista”, publicados em 1899 e 1901, respectivamente, por José Jacintho Ribeiro. O Volume 1 encontra-se disponível para leitura no Google Livros.

José Luiz de Almeida Nogueira (p. 10) A obra mencionada é “A Academia de São Paulo: tradições e reminiscencias” que está organizadas em 9 volumes e foram publicados entre os anos de 1907 e 1912. Estão disponíveis no site do Internet Archive.

Itamar Bopp (p. 10, 30, 45, 147) O autor menciona as descobertas sobre um dos primeiros povoadores de Resende com ligação em Bananal, Roque Bicudo Leme, que foi pai do Major José Ramos Nogueira. Na página 30 e 45 ele trás a informação de um sesmeiro de Bananal que casou-se em Resende. Já na página 147 da Parte 2, o autor faz referência ao artigo de Bopp quando trata dos Viana Rodrigues do município de Resende, RJ: “Os dados referentes à familia Vianna Rodrigues constam do precioso trabalho de Itamar Bopp na Revista Genealógica Brasileira, n. 12, pág. 131/4”. Uma transcrição dessa publicação consta no site da Genealogia da Família Freire (pesquisar por “Viana Rodrigues”).

Alfredo Elis Jr. (p. 17) O nome do livro de Alfredo está incompleto, o nome completo é “O Bandeirismo Paulista e o Recuo do Meridiano”. Mais informações sobre Alfredo Ellis Jr. pode ser encontrado no Wikipedia.

Paulo A. Lancastre (p. 18) É mencionado o sobrenome do jornalista como Lancastre na nota de rodapé, quando na verdade é Lencastre, ou seja, Paulo A. Lencastre. O artigo citado no livro foi publicado também pelo jornal Folha de S. Paulo no dia 23 de novembro de 1960. Encontra-se disponível no Acervo Digital da Folha sob o título de: Há 251 anos era criada a capitania de São Paulo e Minas do Ouro.

Augusto de Lima Junior (p. 18) O trecho do livro “A capitania das Minas Gerais: suas origens e formação” destacado, faz parte do artigo escrito por Lencastre (acima).

Carneiro Maia (p. 19) O nome do autor encontra-se incompleto. Em nota de rodapé, há referencia do livro “Notícias Históricas e Estatísticas do Município de Resende: Desde a sua fundação”, publicado em 1891 por João de Azevedo Carneiro Maia.

Melo Morais (p. 20, 23) O nome do autor e da publicação estão errados. No rodapé há uma referência a obra “Corographia historica, chronographica, genealogica, nobiliaria e politica do Imperio do Brasil”, organizados em 5 volumes, publicados entre 1858 e 1863 por Alexandre José de Mello Moraes. Este livro está disponível na biblioteca do Senado Federal.

Alípio Bastos (p. 21) A nota no rodapé não é muito rica em informação. O livro em questão entitula-se “Caçapava: Apontamentos Históricos e Genealógicos”, publicado em 1955 por Benedicto Alípio Bastos. O conteúdo parcial deste livro, a genealogia de algumas das famílias caçapavenses encontra-se disponível no site Genealogia da Família Freire.

Memórias e Costumes de S. Paulo (p. 23) No rodapé diz: “Memórias e Costumes de S. Paulo. Arquivo Público do Estado, vol. 32”. Não consegui encontrar informações sobre essa referência.

Everardo Backeuser (p. 24) No rodapé diz: “Everardo Backeuser: Da Trilha ao Trilho”. Não encontrei muitas informações, mas o texto parcial mencionado do engenheiro Everardo Backheuser pode ser encontrado no site da Biblioteca Virtual do Meio Ambiente da Baixada Fluminense. Há também um texto explicativo no mesmo site.

Almanaque Laemert, 1885 (p. 44) Aparece várias referências do “Almanak Laemmert”. A edição de 1885 (e de vários outros anos) está disponível na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional.

Afonso Taunay (p. 51) O autor menciona a obra “História do Café no Brasil” de Affonso Taunay quando fala da fundação de São João de Queluz. O quinto volume e todos os demais estão disponíveis na biblioteca digital do SEADE - Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados.

Luiz de Almeida Nogueira Porto (p. 165) O texto do apêndice sobre antigos inventários foi publicado originalmente no caderno “Suplemento Cultural” do jornal O Estado de S. Paulo de 13/03/1977 e é de autoria do Luiz de Almeida Nogueira Porto, que escreveu a apresentação do livro e provavelmente quem organizou a edição. Esse texto está disponível online no Acervo do Estadão: “Revelações de antigos inventários, 1822-1882”.

J. M. Villaronga (p. 176) O editor faz menção ao texto de Luiz de Almeida Nogueira Porto sobre o artista catalão (ou neerlandês?) José Maria Villaronga, cujo nome completo, segundo o autor do artigo publicado no Estadão, é José Maria de Villaronga y Panella, que passou pela região e pintou murais na capela e na casa da fazenda Resgate, entre outras obras no interior do estado e nas capitais do Rio de Janeiro e São Paulo. Esse texto está disponível online no Acervo do Estadão: “A obra esquecida de Villaronga”.

Emílio Zaluar (p. 176) O nome completo do autor é Augusto-Emílio Zaluar. De origem portuguesa, também é autor do livro “O Doutor Benignus” (1875) considerado a primeira obra de ficção científica escrita no Brasil. Uma edição de 1976 da obra mencionada pelo editor está disponível na biblioteca digital do SEADE - Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados.

Lista de imagens

  • Píndaro de Carvalho Rodrigues (1892 - 1965), 1
  • Igreja do Senhor Bom Jesus do Livramento, matriz de Bananal, construída, provavelmente, na década 1830-40; nesta foto aparecem ainda algumas das palmeiras imperiais da Praça Pedro Ramos Nogueira, mandadas derrubar pelo prefeito Alvaro Brasil, em 1956, 81
  • Túmulo da “Matriarca”, D. Maria Joaquina de Sampaio Almeida no cemitério da Irmandade da Santa Casa de Bananal, 82
  • Vista panôramica de Bananal (foto de Geraldo Tressoldi), 83
  • Sobrado da Família Lomba de Abreu, no. 1 do Cap. 5 (foto de Geraldo Tressoldi), 83
  • Sobrado ao lado da Igreja do Rosário, que pertenceu a Luiz Ribeiro de Souza, no. 20 do Cap. 5, 84
  • Prédio da Farmácia Imperial (hoje Popular), fundada pelo farmacêutico francês Tourin Domingos Mornier, no. 7 do Cap. 5 (foto de Geraldo Tressoldi), 84
  • Sobrado que pertenceu a Luiz Ribeiro de Souza e sobrado de 3 andares que pertenceu a Luiz Manoel de Freitas, no.s 14 e 15 do Cap. 5 (foto de Geraldo Tressoldi), 85
  • Sobrado do Largo do Rosário (praça Rubião Jr.) da família Aguiar Valim, “com 16 janelas de gradil na frente” como mencionado por Emílio Zaluar, no. 17 do Cap. 5 (foto de Geraldo Tressoldi), tombada pelo CONDEPHAAT, 85
  • Sobrado do Com. Manuel de Aguiar Vallim, no Largo do Rosário (Pça. Rubião Jr.), no. 17 do Cap. 5, foto de 1909, cedida pelo Dr. João Rabelo de Aguiar Vallim, 86
  • Estação da Estrada de Ferro de Bananal, importada da Bélgica por Domingos Moitinho, tombada pelo CONDEPHAAT (foto de Geraldo Tressoldi), 87
  • Santa Casa de Misericórdia de Bananal, fundada em 1851 por José Ferreira Gonçalves, o Comendador Ferreirinha (foto de Geraldo Tressoldi), 87
  • Praça Pedro Ramos Nogueira Jr, vendo-se o sobrado do Com. Luciano José de Almeida, construído em 1847 e as palmeiras imperiais mandadas derrubar pelo prefeito Alvaro Brasil em 1956, no. 16 do Cap. 5 (foto de 1940, tirada por Carlos Pereira da Silva Porto), 88
  • Sobrado da Rua Direita (Manoel de Aguiar) que pertenceu ao Dr. João Venâncio Alvez de Macedo, no. 4 do Cap. 5 (foto de Geraldo Tressoldi), 88
  • Casa da Chácara da Rua Com. Ferreirinha, propriedade da família Píndaro de Carvalho Rodrigues (foto de Geraldo Tressoldi), 89
  • Sobrado do Largo da Matriz (Praça Pedro Ramos Nogueira Jr.) ao lado da Igreja, onde foi celebrada a primeira sessão do Tribunal do Juri, em 1836, no. 24 do Cap. 5 (foto de Geraldo Tressoldi), 89
  • A Boa Vista, tela a óleo de autor anônimo em meados do século 19, 90
  • Detalhe da fachada da Fazenda do Rialto (foto de Geraldo Tressoldi), 90
  • Placídia Maria de Almeida, Baronesa de Joatinga, nascida na fazenda Boa Vista 9/10/1827 e falecida em São Paulo 27/03/1902, 91
  • Pedro Ramos Nogueira, Barão de Joatinga, nascido na fazenda Luanda 23/11/1823 e falecido em 07/01/1885, 91
  • João Carvalho Rodrigues, nascido na fazenda Água Comprida 08/07/1843 e falecido em Ribeirão Preto, São Paulo, 10/12/1918, F. 5, § 5, Cap. 3 da Parte II, 91
  • António Rodrigues de Carvalho, nascido na fazenda Água Comprida 01/12/1856 e falecido em Bananal 21/07/1942, F. 12, § 12, Cap. 3 da Parte II, 91
  • Maria Joaquina de Sampaio Almeida, a “Matriarca”, nascida em Taubaté 28/11/1803 e falecida em Bananal 23/01/1882, 92
  • Manuel Fernandes de Carvalho, nascido na fazenda Água Comprida 30/05/1859 e falecido em Bananal 15/08/1936, F. 7, § 7, Cap. 3 da Parte II, 93
  • D. Placídia Maria de Almeida, Baronesa de Joatinga, nascida em Bananal 9/10/1827 e falecida em São Paulo 27/03/1902, cc seu primo-irmão Pedro Ramos Nogueira, Barão de Joatinga, nascido na fazenda Loanda, Bananal 23/11/1823, 94
  • Fazenda do Bom Retiro, fundada por Antonio Barbosa da Silva, o “Baú” (foto de Hélio Estolano), 165
  • Fazenda do Resgate, tombada pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (foto de Hélio Estolano), 166
  • Fazenda do Rialto, formada na sesmaria da Arribada de que foi donatário Francisco Gonçalves Pena em 1784 (foto de Hélio Estolano), 167
  • Fazenda das Três Barras, cujo primeiro proprietário foi Hilário Gomes Nogueira e onde o príncipe D. Pedro pernoitou na ida e na volta de sua viagem a São Paulo em 1822 (foto de Hélio Estolano), 168

Conclusão

Ao analisar e discutir uma fonte de informação, evidência-se a sua importância e temos a possibilidade de enriquecermos a comunidade com novas informações pautadas em novas e diversas fontes, registros e documentos. Acredito que ninguém que se dedica ao ramo da genealogia tenha a pretensão de ter um trabalho ileso de equívocos ou um trabalho que não possa ser aprimorado e continuado por outros, e nesse sentido, acho que qualquer um ficaria lisongeado em ter um trabalho apreciado pelos demais, como é o caso da obra em questão. O livro do Píndaro abriu muitas possibilidades de pesquisa para mim. Por isso achei importante compartilhar minhas anotações, na esperança de que possam ser úteis para outras pessoas também.